Theatro Municipal do Rio de Janeiro apresenta a Série Vozes com a OSTM & Carlos Moreno e solistas

Com o patrocínio Ouro Petrobras, o mês de abril segue com uma programação inédita no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A primeira apresentação da Série Vozes, que acontecerá no dia 28 de abril, quinta-feira, às 19h, vai contar com a participação da Orquestra Sinfônica do Theatro & Carlos Moreno, além dos solistas Tatiana Carlos […]


Com o patrocínio Ouro Petrobras, o mês de abril segue com uma programação inédita no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A primeira apresentação da Série Vozes, que acontecerá no dia 28 de abril, quinta-feira, às 19h, vai contar com a participação da Orquestra Sinfônica do Theatro & Carlos Moreno, além dos solistas Tatiana Carlos (soprano), Giovanni Tristacci (tenor), Inácio de Nonno (barítono) e Patrick Oliveira (baixo).

O programa mostrará a Música Brasileira em Foco – O indigenismo na Ópera e a obra ll Guarany, com abertura e dueto “Sento uma forza indomita”, de Carlos Gomes. Em seguida, o destaque ficará a cargo da ópera em concerto Moema, do carioca Delgado de Carvalho. O compositor pertenceu ao grupo de artistas que iniciou um movimento de libertação da influência italiana na ópera brasileira, ao lado de Leopoldo Miguez, Alberto Nepomuceno (wagnerianos) e Francisco Braga (influência francesa), embora Moema seja cantada em italiano. E foi em 14 de julho de 1909, na inauguração do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, que a ópera indianista foi reapresentada ao público com enorme sucesso.

Carlos Gomes

Antônio Carlos Gomes nasceu na cidade de Campinas, em 11 de julho de 1836, numa casa humilde da Rua da Matriz Nova, na “cidade das andorinhas”. Filho de Manoel José Gomes (Maneco Músico) e dona Fabiana Jaguari Gomes, o menino pertencia a uma família onde havia de tudo: relojoeiros, agricultores, marceneiros, encadernadores, farmacêuticos, rabequistas, trombonistas, flautistas e dois padres. Seus ancestrais eram espanhóis, e assinavam Gomez, com z. Seu bisavô, D. Antônio Gomez, fora bandeirante e casara-se com a filha de um cacique. A vida de Carlos Gomes foi, sempre, marcada pela dor. Muito criança ainda, perdeu a mãe, tragicamente. Seu pai vivia em dificuldades, com 26 filhos para sustentar. Com eles, formou uma banda musical, onde Carlos Gomes iniciou seus passos artísticos. Desde cedo, revelou seu talento musical, incentivado pelo pai e depois por seu irmão, José Pedro Santana Gomes, fiel companheiro das horas amargas. Aos 18 anos, apresentou sua primeira “missa”, onde cantou alguns solos. A emoção que lhe embargava a voz comoveu a todos os presentes, especialmente ao irmão mais velho, que lhe previa os triunfos. Quando chegou aos 23 anos, já apresentara vários concertos, com o pai. Moço ainda, lecionava piano e canto, dedicando-se, sempre, com afinco, ao estudo das óperas, demonstrando preferência por Verdi. Era conhecido também em S. Paulo, onde realizava, frequentemente, concertos, e onde compôs o Hino Acadêmico, ainda hoje cantado pela mocidade da Faculdade de Direito. Pensando em ampliar os horizontes, montado em um burro, foi ao Rio de Janeiro para encontrar Dom Pedro II. Apresentado ao Imperador, por intermédio da Condessa Barral, o monarca, sempre amigo e protetor dos artistas, encaminhou-o a Francisco Manuel da Silva, diretor do Conservatório de Música e também animador dos jovens músicos. A partir daí, surgiram muitas oportunidades. Em setembro de 1861, foi apresentada sua primeira grande ópera: A Noite do Castelo. O sucesso se repetiu em 1863, grande sua segunda grande ópera foi apresentada: Joana de Flandres. Em 1863 foi morar na Itália, obtendo grande reconhecimento do público e da crítica musical. Foi o primeiro compositor brasileiro a ter suas obras apresentadas no Teatro Alla Scala de Milão. Carlos Gomes foi o mais importante compositor e maestro brasileiro do século XIX. Suas obras musicais são reconhecidas até hoje, entre elas, O Guarani e O Escravo. O artista fez parte do período conhecido como Era romântica da história da música e é considerado o principal compositor de ópera da história da música clássica brasileira. Faleceu em 16 de setembro de 1896.

Joaquim Torres Delgado de Carvalho

Nasceu no Rio de Janeiro em 24 de agosto de 1872. Estudou com o violinista cubano e diretor do Imperial Conservatório de Música, Jose White (1835-1918). Estudou também com o pianista Rudolph Eichbaum, entre 1891 e 1899.

Após uma temporada na Europa em 1893, voltou ao Rio de Janeiro e em 1894, apresentou a ópera Moema, no Teatro Lírico do Rio de Janeiro, escrita aos dezoito anos de idade, com libreto do autor e de Francisco Assis Pacheco – que já havia composto música para este mesmo libreto em 1891. A ópera indianista teve grande êxito, sendo reapresentada em 1909, para a inauguração do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Também foi apresentada em várias cidades brasileiras e europeias. Sua segunda ópera, Hostia, com texto de Coelho Neto, foi apresentada em 1898, mas não logrou êxito. Escreveu música para a peça teatral Laís de Ivan d’Hunac (pseudônimo de João Itiberê da Cunha, poeta e compositor paranaense) e a Bela Adormecida de Aguilar Pantoja. Compôs também uma suíte para orquestra, várias peças para piano, entre elas Sonata, Valsas Humorísticas e Marche des Poupées. Em 1902 foi nomeado bibliotecário do antigo conservatório imperial, então Instituto Nacional de Música, cargo que exerceu até 1907 e para o qual foi reconduzido em 1918. O acervo, do qual também fazem parte instrumentos musicais antigos e exóticos, hoje faz parte do Museu Delgado de Carvalho, na Escola de Música da UFRJ. Faleceu em 28 de março de 1921.

Programa:

1ª parte:

“Música Brasileira em Foco” / “O Indigenismo na Ópera” – de Carlos Gomes

“Il Guarany” – Abertura e Dueto “Sento una forza indomita”

2ª parte:

Delgado de Carvalho – “Moema”, ópera em concerto

Com a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal & Carlos Moreno

Solistas:

Tatiana Carlos (soprano)

Giovanni Tristacci (tenor)

Inácio de Nonno (barítono)

Patrick Oliveira (baixo)

Serviço:

Concerto Série Vozes com a OSTM & Carlos Moreno

Data: 28 de abril – quinta-feira

Horário: 19h

Local: Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Endereço: Praça Floriano, S/N – Centro

Classificação: Livre

Apoio: Livraria da Travessa, Rádio MEC, Rádio SulAmérica Paradiso, Rádio Roquette Pinto – 94.1 FM

Patrocínio Ouro Petrobras

Lei de Incentivo à Cultura

Realização Institucional: Fundação Teatro Municipal, Associação dos Amigos do Teatro Municipal

Realização: Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal

Os ingressos para a Série Vozes já estarão à venda na plataforma Imply.

Preços:

Frisas e Camarotes – R$60,00 (ingresso individual)

Plateia e Balcão Nobre – R$40,00

Balcão Superior – R$30,00

Balcão Superior Lateral – R$30,00

Galeria – R$15,00

Galeria Lateral – R$15,00