Escola Estadual de Dança Maria Olenewa:


  • Uma escola para a vida

    Formar bailarinos de excelência que podem atuar em diversas Companhias de dança no Brasil e no exterior com corpos capazes de dançar diversas linguagens e estilos, esta é nossa missão central. Contudo defendemos o argumento que não se forma profissionais sem formar seres humanos melhores, sensíveis às questões sociais e artísticas, capazes de atuar em diversas áreas e de transformar a sociedade na qual está inserido.

    Neste sentido, a proposta pedagógica da escola busca a formação integral, proporcionando a vivência na prática dos conteúdos de educação básica e educação profissional, visando desenvolver a criatividade, a capacidade para análise e síntese, o espírito crítico, a socialização, o autoconhecimento e a responsabilidade. Assim, vislumbramos formação de um profissional com aptidões e atitudes para sentir o gosto pelo saber, buscando-o cada vez mais e disposto a se conhecer, a desenvolver a capacidade artística e a possuir uma visão inovadora e transformadora com autonomia e a participação.

    Todo o trabalho pedagógico e administrativo realizado pela Escola Estadual de Dança Maria Olenewa baseia-se na construção de uma Escola Pública de Qualidade, representando os anseios da Comunidade em geral. Com isso, o nosso Projeto Político Pedagógico foi elaborado de acordo com a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional de 1996, garantindo aos alunos e alunas uma formação educacional que proporcionem o desenvolvimento de competências, habilidades e bases tanto técnicas quanto artísticas relacionadas ao mundo do trabalho, formando cidadãos éticos e também sensíveis aos processos sociais. Nesta perspectiva, consideramos a educação como um relevante processo para o desenvolvimento humano integral, um instrumento gerador das transformações econômicas e sociais.

    Com isso, a Escola Estadual de Dança Maria Olenewa não visa sua atuação apenas numa perspectiva técnica, mas busca estabelecer e localizar o contexto global em que está inserida para poder assumir propostas efetivas de atuação com o intuito de interferir na realidade situacional e caminhar na direção de seus objetivos. O nosso compromisso político se insere em um projeto de sociedade plural e menos excludente, mesmo porque se trata de uma escola pública, bem como na formação do cidadão crítico, que respeita e reconhece as diferenças, sem perder de vista a estrutura vigente, relacionada a um modelo econômico, que gera as relações.

  • Um breve Histórico

    A Escola de Danças Clássicas do Theatro Municipal do Rio de Janeiro foi criada em 1927, pela bailarina Russa Maria Olenewa, incentivada pelo crítico teatral do Jornal Brasil, Mario Nunes, tendo por finalidade a formação de bailarinos profissionais e a criação de um Corpo de Baile. Graças à compreensão do então diretor do Patrimônio e Estatística, Dr. Raul Lopes Cardoso, que determinou a entrega de uma pequena sala no 3º andar do Theatro Municipal, as aulas puderam iniciar no dia 27 de abril.

    No dia 2 de maio de 1931, o então Prefeito, Adolpho Bergamini assinou o Decreto n° 3506 aprovando o Regulamento da Escola e reconhecendo como órgão do Distrito Federal. Em 1936, foi criado o Corpo de Baile com alunos oriundos da Escola.

    Em 1963, a Escola foi desligada do Theatro Municipal, passando a chamar-se Escola de Danças do Estado da Guanabara, retornando ao Theatro em 1965. Em 1975 foi novamente desligada do Theatro, integrando o Instituto Nacional das Escolas de Arte, com o Instituto Villa-Lobos, Escola do Teatro Martins Penna e Escola de Artes Visuais. Passou a chamar-se Escola de Danças do INEART. Nesta data, a então diretora, Lydia Costallat submeteu ao Conselho Estadual de Cultura um Currículo Básico e um Regimento, permitindo ser finalmente a Escola oficializada em Escola Profissionalizante de 2° Grau pelo parecer 1937 de 10 de março de 1975, dando a possibilidade de oferecer aos seus alunos um Certificado reconhecido.

    No dia 24 de janeiro de 1983 foi publicado no Diário Oficial o Decreto nº 6507, o qual atribui o novo nome da escola, passando a se chamar: Escola Estadual de Dança Maria Olenewa. A sugestão para mudança foi uma indicação da Associação de Ballet do Rio de Janeiro como uma justa e representativa homenagem a grande precursora do Balé no Brasil e responsável pelo embrião que gerou a Escola de Dança e o Corpo de /baile do Theatro Municipal.

    A Escola Estadual de Dança Maria Olenewa voltou a pertencer ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro em 1995, local que muito nos orgulhar em pertencer.

    Neste sentido, a antiga Escola de Danças Clássicas do Theatro Municipal, sem perder de vista seu objetivo inicial, desenvolveu-se e evoluiu no sentido de dar uma visão bem mais ampla da dança aos seus alunos, não se restringindo apenas ao Ballet Clássico, constando do seu currículo várias formas de dança, além de diversas matérias teóricas, a fim de oferecer-lhes também um meio de vida mais versátil e mais condizente com o mercado de trabalho de nossa época.

    Todo trabalho de excelência desenvolvido pela escola é resultado da dedicação e atuação efetiva de seus diretores que aos longos dos anos trabalharam em conjunto com os professores mantendo viva o amor à dança e a abnegação iniciados pela grande Mestra.

    Afastando-se Maria Olenewa da direção da Escola, em 1942, teve os seguintes continuadores de sua missão: Yuco Lindberg, até 1948; Gertrudes Wollf e Luisa Carbonell (interinas) em 1948; Madeleine Rosay de 1949 a 1950; Américo Pereira de 1950 a 1952; Maria Magdala da Gama Oliveira, de 1952 a 1960; Madeleine Rosay de 1960 a 1966; Lydia Costallat, de 1966 a l983; Maria Luisa Noronha de 1984 a 1987, Tânia Granado, de 1988 a 1991, novamente Maria Luisa Noronha de 1992 a 2016 e desde esta data Hélio Bejani.

  • Nossa fundadora

    MARIA OLENEWA

    Moscou, Rússia- 1886/ S.P Brasil – 1965
    Estudou na academia Nelidowa em Moscou e estreou na Ópera de Zemin. Antes da Revolução Bolchevista foi para Paris, onde participou da temporada de óperas e bailados do Theatre des Champs Elysées e depois ingressou na Cia de Anna Pavlova onde se tornou primeira bailarina.

    Contratada por Leonide Massine, excursionou por diversos países da América do Sul, tendo se apresentado no Brasil em 1921. Logo após, se estabeleceu na Argentina. Sua atuação como Salomé, na “Dança dos sete véus” (1923), ficou famosa em Buenos Aires. Foi nesta cidade que Olenewa iniciou sua carreira como professora, atuando na Escola de Dança do Teatro Colon no período de 1922 a 1924.

    No Brasil, estabeleceu-se em 1927, fundando a primeira escola profissionalizante de ballet: A Escola de Danças Clássicas do Theatro Municipal do Rio de Janeiro (atual EEDMO), oficializada em 1931. Assim, uma geração pioneira de bailarinos foi formada, tornando possível a criação do Corpo de Baile do Theatro Municipal, em 1936.

    Maria Olenewa deixou o Rio de Janeiro em 1943 para assumir o cargo de diretora da Escola Municipal de Bailados em São Paulo. Em 1947, abriu sua própria escola: “Curso de Danças Clássicas Maria Olenewa” que deu origem ao “São Paulo Ballet”.

    Maria Olenewa dedicou 38 anos de carreira desenvolvendo atividades pedagógicas no Brasil. Remontou grandes obras do repertório clássico internacional e coreografou outras tantas baseada em obras de compositores nacionais. Com isso, recebeu diversos prêmios e homenagens.

    Por ocasião das comemorações do cinquentenário do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Olenewa criou especialmente para o Corpo de Baile o ballet “Evocação de Duas épocas” em que fez um contraponto entre o ontem e o hoje. Em São Paulo, Olenewa permaneceu à frente do Curso de Bailados Maria Olenewa até sua morte em 1965.

    No Rio de Janeiro, a Escola de Danças Clássicas do Theatro Municipal recebeu seu nome em 1983, tornando-se: Escola Estadual de Dança Maria Olenewa. Sua biografia integra a série memória do Theatro Municipal – lançada em 2001 – Maria Olenewa: a sacerdotisa do ritmo, de Adriana Pavlova.


  • Hélio Bejani

    Bailarino – Coreografo - Professor

    Graduado em Licenciatura em Dança pela UniverCidade-RJ e Engenharia de Produção pela Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP-SP). Iniciou a carreira artística como músico profissional (trompete), em Piracicaba (SP), cidade onde nasceu. Ingressou para o ballet no Lyons Club de Piracicaba, seguindo posteriormente para a cidade de Campinas (SP), onde trabalhou no Corpo de Baile Lina Penteado, sob a Direção Artística de Addy Addor e Cleusa Fernandes. É diplomado pela Royal Academy of London, nível Advanced.

    Por meio de concurso oficial ingressou para o Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro onde atuou como Solista e Bailarino Principal em suas principais montagens. Ganhou o Prêmio Tadeu Morozowicz de Melhor Bailarino Clássico no VIII Concurso de Ballet e Coreografia, realizado pelo CCBD. Foi partner da bailarina Ana Botafogo e também coreografou para a mesma.

    Dançou e coreografou para os mais renomados grupos e escolas do Rio de Janeiro, sendo premiado nos principais concursos e mostras de dança do Brasil. Foi Professor convidado da Cia de Ballet da Cidade de Niterói, Cia. Deborah Colker, Professor de nível técnico no Centro de Danças Johnny Franklin e Diretor Artístico/Coreógrafo do Grupo Rio Ballet. Trabalhou como Assistente de Direção e Ensaiador do Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, durante a direção de Dalal Achcar. Foi Coordenador do BTM e do Corpo Artístico da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

    Por 12 anos dirigiu e coreografou a comissão de frete da Acadêmicos do Salgueiro se transferindo, em 2018, para o Grêmio Recreativo Acadêmicos do Grande Rio. Foi Diretor do Ballet do Theatro Municipal de 2009 a 2013. Em 2016 assumiu a direção da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa.

  • Disciplinas, Corpo docente (2021) e Corpo administrativo

    Ballet Clássico: Amanda Peçanha, Cristiana Campello, Deborah Ribeiro, Jorge Teixeira, Karina Dias, Luciana Bogdanich, Márcia Faggioni, Norma Pinna, Paula Albuquerque, Paulo Rodrigues, Rosinha Pulitini, Sabrina Germann, Silvana Andrade.

    Dança Caráter: Norma Pinna e Silvana Andrade.

    Pas de Deux: Paulo Rodrigues

    Contemporâneo: Mônica Barbosa

    PBT (Progressing Ballet Technique): Renata Gouveia

    Comportamento e Atitude: Cristina Cabral

    Coreologia: Cristina Cabral

    Música: Eduardo Pereira e Paula Prates

    História da Dança e Terminologia do Ballet: Paulo Melgaço e Liana Vasconcelos

    Composição e Improvisação: Paulo Melgaço

    Interpretação e Dança: Roberto Lima

    Saúde e Dança: Fernando Zikan

    Corpo Administrativo:
    Coordenador administrativo: João Carvalho
    Coordenadora de curso: Cristiana Campello
    Auxiliar administrativo: Lucas Morais
    Recepção: Arlene Cabral
    Inspetora de alunos: Cida Antunes
    Biblioteca: Maria Lúcia S. Ferreira

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