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Revista Interdisciplinar do Theatro Municipal do Rio de Janeiro – RITMO


Dossiê “Theatro Municipal e o Carnaval” – edital para submissão de artigo completo

A Revista Ritmo nasce da parceria entre o Theatro Municipal do Rio de Janeiro (TMRJ) e a Escola Livre de Direito, Filosofia e Arte, projeto de extensão vinculado ao Programa de Pós-graduação em Direito, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPGD/UERJ). Ambas as instituições possuem o intuito de contribuir com a promoção, difusão e, principalmente, com o incentivo à pesquisa e à produção sobre temas ainda pouco pesquisados, relacionados aos papéis integrador e catalizador desempenhados pelo Theatro Municipal na cultura carioca, fluminense e nacional.

Estimulamos a produção e divulgação de pesquisas nos mais variados eixos das ciências, da cultura e das artes. Com essa primeira Chamada, dedicada ao tema Theatro Municipal e o Carnaval, queremos, além de começar a revista com o pé direito, mostrar o quão íntima e profícua é a relação entre essas duas temáticas tipicamente nossas e que as diferenças são só aparentes: as duas celebram o modo de ser brasileiro.

Organizadores: Milton Cunha e Walber Gevu.

Proposta:

Não, não liga não!

Que a minha festa é sem pudor e sem pena

Volta a emoção

Pouco me importam o brilho e a renda

Vem pode chegar

Que a rua é nossa, mas é por direito

Vem vadiar por opção

Derrubar esse portão

Resgatar nosso respeito

(Samba-enredo, Mangueira, 2018)

O Carnaval é construído a partir de sentidos: audição (ritmos, baterias, sambas); visão (estética, alegorias, fantasias); tato (o tecido, a costura, o artesão); olfato (o perfume do folião, a brisa da alvorada; o vento das ruas). Atrelado aos sentidos, podemos dizer, também, que o carnaval é a junção dos elementos: terra (a avenida), água (de cheiro), fogo (do calor) e ar (da esperança). O Carnaval, “outrora marginalizado”, traz consigo composições que nos fazem reviver o passado, degustar o presente e vislumbrar um futuro, nos transformando e nos renovando em festa.

Dá para contar o tempo através do Carnaval. Há a suspensão da tristeza e do polido, dando lugar à alegria e ao exagero, mesmo sabendo que a vida em breve se encontrará com a quarta de cinzas. Mas esta não precisa ser o pó final, e sim a base de renascimento, eis a fênix que não nos deixa mentir. O Carnaval, este evento-liturgia, é a prova máxima de que nada se constrói sem o coletivo, sem um mutirão de gente, sem o sentimento de unidade do povo.

As mesmas mãos coletivas que constroem o Carnaval, atuam no Theatro Municipal. Este equipamento, tão associado a uma cultura supostamente erudita, marca sua presença na história, pela realização de festejos que vão desde os seus famosos bailes, concursos de decorações e de fantasias, até a integração entre seus saberes e afetos, artistas e técnicos, que ainda hoje atuam neste campo. Responsáveis por encantar o público com os espetáculos na avenida e nos palcos, ambas as liturgias celebram a vida brasileira. Entretanto, esta relação do Theatro com o Carnaval ainda foi pouco explorada, sendo o objetivo desta primeira edição da Ritmo, mudar tal cenário e incentivar novas pesquisas e produções.

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro, realizando o seu papel de escuta e construção coletiva, é parceira deste projeto colaborando com os estudos e a promoção de pesquisas no âmbito cultural, artístico e científico. “Que a Universidade se vista de povo” é um clamor que esta instituição de ensino sempre grita e que se conecta diretamente ao Carnaval, pois não há construção isolada, ausente de gente.

Assim, em sua primeira edição, nada mais justo que dar início aos trabalhos da Ritmo, fazendo uma homenagem a uma das maiores manifestações culturais do mundo e sua conexão com o Theatro Municipal. A partir das interseções possíveis que implicam o planejamento, a feitura, a realização e a memória do Carnaval, os trabalhos enviados podem estar vinculados a diferentes áreas do conhecimento das ciências humanas e sociais.

Estimula-se a submissão de artigos com as seguintes temáticas (mas não se restringindo a estas):

– Bailes no Theatro Municipal do Rio de Janeiro;

– Concursos de decoração dos bailes;

– Comissões de seleção dos bailes de Gala e vencedores (Portinari, Manoel Bandeira, Burle Marx);

– Concursos de Fantasia;

– Concurso de marchinhas no TMRJ;

– TMRJ na avenida, dentre temas e aparições;

– Passistas, aderecistas e coreógrafos: funcionários que faziam e ainda fazem parte do corpo da instituição;

– Proibição dos bailes de carnaval.

Submissões de artigos completos para a Revista Interdisciplinar do Theatro Municipal do Rio de Janeiro

A RITMO – Revista Interdisciplinar do Theatro Municipal do Rio de Janeiro é um espaço criado pela Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro e pela Escola Livre de Direito, Arte e Filosofia, projeto de extensão da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, para permitir que a interlocução entre o Theatro Municipal do Rio de Janeiro e a sociedade civil se mantenha entre os espetáculos. Fruto do entendimento de que as vocações que se realizam no palco do Theatro Municipal não se restringem a ele, a RITMO tem como objetivo ampliar as discussões que emergem da percepção do papel central que o Theatro, tanto no exercício dos seus misteres, quanto com a sua mera presença física, exerce na cultura carioca e brasileira.

Portanto, revista de reflexão do Theatro, enquanto instituição, acerca de si mesmo, mas também revista acadêmica. Comprometida com os valores motrizes da academia – transparência, abertura, publicidade e temperança – a RITMO fará chamadas semestrais para a proposição de artigos com temas específicos, relevantes para elaboração e criação de novos imaginários, que permitam a reelaboração da relação entre a instituição pública e seu público, a sociedade, em novos parâmetros. Coordenando essas chamadas, teremos autores aptos a estimular o debate e, mais do que meramente promover esses encontros, torná-los possíveis para além da própria revista, transformando-a em uma polinizadora de afetos artísticos e políticos. Continuando a trajetória que o Theatro tem percorrido nos últimos anos, a RITMO assume para si a tarefa de democratizar as artes praticadas no Theatro.

EQUIPE EDITORIAL

EDITORES

Clara Maria Paulino Cáo

Formada em História pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Clara Paulino possui experiência na área de Patrimônio Cultural e Museus e é especialista em Administração Pública. Exerceu entre 2008 e 2012 a função de assessora de Patrimônio Cultural e Projetos da Fundação Municipal de Cultura e Lazer de Quissamã. Neste mesmo período acumulou a função de diretora do Centro Cultural Sobradinho. Atuou entre os anos de 2013 e 2016 como chefe de Gabinete da Superintendência do IPHAN no Rio de Janeiro. Foi superintendente de Museus da Secretaria Estadual de Cultura e presidente da Fundação Museu da Imagem e do Som (MIS) entre 2016 e 2019.  Clara Paulino é presidente da Fundação Teatro Municipal desde 2019.

Alexandre Fabiano Mendes

Professor Associado da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. Professor do Programa de Pós-Graduação em Direito da UERJ na linha de Teoria e Filosofia do Direito, desde 2014. Coordena o Projeto de Extensão Escola Livre de Direito, Arte e Filosofia (UERJ) e o Grupo de Pesquisa Direito, Pragmatismos e Filosofia (UERJ/CNPq). 

EDITORES EXECUTIVOS

Guilherme Alfradique Klausner

Mestre e Doutorando em Teoria e Filosofia do Direito pelo Programa de Pós-Graduação em Direito na Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Especialista em Direito para a Carreira da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro pela Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro. Bacharel em Direito pela Universidade Federal Fluminense. Pesquisador do Grupo de Pesquisa Direito, Pragmatismos e Filosofia (UERJ/CNPq). Advogado e Assessor-Chefe da Assessoria Jurídica da Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Beatriz Costa da Silva

Mestre em Design pela Escola de Belas Artes da UFRJ/EBA, MBA em Marketing, Branding e Growth pela PUC-RS. Pós-graduada em Editoração Mercado do Livro pelo Instituto de Pesquisa do Rio de Janeiro IUPERJ. Graduada em Design pela Unicarioca e Técnica em Produção Audiovisual pela FAETEC. Atualmente, professora universitária, pesquisadora pela UFRJ e pela Universidad de Palermo (Argentina) e Assessora da Presidência do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.  

Bernardo de Moura Tebaldi

Mestrando em Direito Internacional pelo Programa de Pós-Graduação em Direito na Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Pós-graduado em Relações Internacionais pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Pesquisador do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Direito Internacional (NEPEDI/UERJ). Advogado e Assessor da Assessoria Jurídica da Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Roberta Rayza Silva de Mendonça

Doutoranda em Direito – Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Mestra em Direitos Humanos – Universidade Federal de Pernambuco. Especialista em Direitos Humanos: Educação e Ressocialização – Universidade Cândido Mendes. Graduada em Direito pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca. Membra associada da Rede Brasileira de Educação em Direitos Humanos (ReBEDH). Pesquisadora do Grupo do Direito, Pragmatismo(s) e Filosofia (UERJ/CNPq). Pesquisadora do G-pense! – Grupo de Pesquisa sobre Contemporaneidade, Subjetividades e Novas Epistemologias (UPE/CNPq).

Cronograma

Submissões

Prazo para submissão

16/10/2023 – 30/11/2023

Prorrogação do prazo de submissão de artigos até o dia 30/01/2024.

Modalidade

Artigo Completo

Área temática

Dossiê – Theatro Municipal do Rio de Janeiro e Carnaval

Link para submissão

CHAMADA PARA AVALIADORES AD HOC